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Santos Afros
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Festa do Padre Victor

Data: 23/09

Local do Evento: Praça Cônego Victor

 

A Festa do Padre Victor . O tradicional evento religioso soleniza o aniversário de morte do Padre Victor, "Anjo Tutelar" de Três Pontas. A programação da Festa tem início no dia 14 de setembro, com procissões, missas e confissões. Durante toda a semana, é realizada a novena do Padre Victor e no dia 23 de setembro, considerado o "Dia do Padre Victor", a cidade se volta para receber os milhares de romeiros (cerca de 70 000) que peregrinam a Três Pontas movidos pela fé e por graças alcançadas. Durante todo o dia acontecem missas, visitas ao túmulo que está localizado na Matriz Nossa Senhora D'Ajuda, ao Memorial do Padre Victor que abriga pertences do Servo de Deus além de apresentações culturais, entre outras atrações programadas para o evento. A cidade toda se movimenta para receber os romeiros que chegam a Três Pontas de diversas maneiras: carro, ônibus e até a pé. Para tanto, são criados em diversos pontos das rodovias e estradas que dão acesso a Três Pontas os "postos de evangelização" que nada mais são do que pontos onde os romeiros recebem assistência médica, descansam, além de tomarem um singelo café que é oferecido a quem por ali passa. O processo de beatificação do Padre Victor está em desenvolvimento no Vaticano e o Servo de Deus Padre Victor poderá se tornar o 1º Santo Negro Brasileiro. Contato: Associação Padre Victor Endereço: Praça Cônego Victor, nº 45 - Bairro: Centro - CEP: 37 190 000

NHÁ CHICA

Francisca de Paula de Jesus, carinhosamente chamada de Nhá Chica, nasceu em 1808 em Rio das Mortes - São João Del Rei (MG). É Filha de mãe escrava e, supostamente, senhor branco. Aos 26 de abril de 1810, recebeu o Sacramento do Batismo, na Capela de Santo Antônio do Rio das Mortes Pequeno, São João Del Rei (já com 2 anos de idade). Foram seus padrinhos: Ângelo Alves e Francisca Maria Rodrigues. Em 1816, com 8 anos de idade, veio para Baependí acompanhada da mãe, dona Isabel Maria e do irmão Teotônio Pereira do Amaral, morando, assim, os três em uma casinha no alto da colina. O referido lugar alguns anos mais tarde, ganhou o nome de Rua da Conceição e a casa, onde viveu a Serva de Deus foi conservada através das décadas, até os dias atuais e tem o n° 165. Em 1818, quando a pequena Francisca, tinha apenas 10 anos de idade, a mãe passou desta vida para a outra, deixando aos cuidados de Deus e da Virgem Maria aquelas duas crianças, de 10 anos Nhá Chica e, de 12 o Teotônio. Órfãos de mãe, sozinhos no mundo, aqueles meninos cresceram sob os cuidados e a proteção de Nossa Senhora, que pouco a pouco foi conquistando o coração de Nhá Chica. Esta, a chamava carinhosamente de “Minha Sinhá” que quer dizer: “Minha Senhora”, e nada fazia sem primeiro consultá-la. Nhá Chica soube administrar muito bem e fazer prosperar a herança espiritual que recebera da mãe. Nunca se casou. Rejeitou com liberdade a todas as propostas de casamento que lhes apareceram. Foi toda do Senhor. Se dava bem com os pobres, ricos e com os mais necessitados. Atendia a todos os que a procuravam, sem discriminar ninguém e, para todos tinha uma palavra de conforto, um conselho ou uma promessa de oração. Ainda muito jovem, era procurada para dar conselhos, fazer orações e dar sugestões para pessoas que lidavam com negócio. Muitos, não tomavam decisões sem primeiro consultá-la, e para tantas pessoas, ela era considerada uma “santa”, todavia em resposta para quem quis saber quem ela, realmente, era, respondeu com tranquilidade: “...nunca fiz milagres: eu rezo a Nossa senhora, que me ouve e me responde; é por isso que posso responder com acerto quando me consultam, e afirmo o que digo”. ”É porque eu rezo com fé”. Sua fama de santidade foi se espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram a frequentar Baependi para conhecê-la, conversa com ela, falar-lhe de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações. A todos, atendia com a mesma paciência e dedicação, mas nas sextas feiras, não atendia a ninguém. Era o dia em que lavava as próprias roupas e se dedicava mais à oração e à penitência. Isso porque sexta-feira é o dia que se recorda a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos nós. Às Três horas da tarde, intensificava suas orações e mantinha uma particular veneração à Virgem da Conceição, com a qual tratava familiarmente como a uma amiga. Nhá Chica era analfabeta, pois não aprendeu a ler nem escrever, desejava somente ler as Escrituras Sagradas, mas alguém as lia para ela, e a fazia feliz. Compôs uma Novena à Nossa Senhora da Conceição e em Sua honra, construiu, ao lado de sua casa, uma Igrejinha, onde venerava uma pequena Imagem de Nossa Senhora da Conceição que era de sua mãe e, diante da qual, rezava piedosamente para todos aqueles que a ela se recomendavam. Essa Imagem, ainda hoje, se encontra na sala da casinha onde ela viveu, sobre o Altar da antiga Capela. Em 1954, a Igreja de Nhá Chica foi confiada à Congregação das Irmãs Franciscanas do Senhor que desde então abriu, bem ao lado da Igreja, uma obra de assistência social para Menores, que vem sendo mantida por benfeitores devotos de Nhá Chica. Hoje a “Associação Beneficente Nhá Chica” (ABNC) acolhe mais de 160 crianças entre meninas e meninos. Ao longo dos anos, a “Igrejinha de Nhá Chica”, depois de ter passado por algumas reformas, é hoje o “Santuário Nossa Senhora da Conceição” que acolhe Peregrinos de todo o Brasil e de diversas partes do mundo. Muitos fiéis que o visitam, lhe pedem favores. Tantos voltam para agradecer e registram suas graças recebidas. Atualmente, no “Registro de graças do Santuário”, podem-se ler aproximadamente 20.000 graças alcançadas por intermédio de Nhá Chica. A Serva de Deus morreu no dia 14 de junho de 1895, contando 87 anos de idade, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída. As pessoas que ali estiveram sentiram exalar-se de seu corpo um misterioso perfume de rosas durante os quatro dias de seu velório. Tal perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiástica e por membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e, também, pelos Pedreiros, por ocasião da exumação do seu corpo. Os restos Mortais da Serva de Deus se encontram, hoje no mesmo lugar, no interior do Santuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, protegidos por uma Urna de acrílico colocada no interior de uma outra de granito, onde são venerados pelos fiéis.

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